Talvez você já tenha ouvido falar do termo “startup” e faça associação com palavras como tecnologia, aplicativo e inovação, além de possivelmente ter uma imagem mental de lugares com decoração divertida e conduzida por pessoas diferentes dos executivos de ternos que normalmente vemos na direção de empresas tradicionais! Essa é uma percepção bastante comum, no entanto, é preciso ir além das aparências para entender todo o potencial que esse conceito traz e que pode mudar a forma de se enxergar negócios e relações de trabalho.
Neste contexto, o escritor Eric Ries criou o termo “startup enxuta”, fazendo uma referência à manufatura enxuta japonesa, surgida no Sistema de Produção Toyota. Para ele, uma startup pode ser definida como “uma instituição humana projetada para criar produtos e serviços sob condições de extrema incerteza” e, a partir disso, o conceito de startup enxuta estaria associada à aplicação do pensamento enxuto ao processo de inovação.
Diferentemente da lógica convencional de negócios, a startup enxuta entende que, antes de pensar em melhoria de processos, otimização e crescimento, é preciso primeiro validar a solução oferecida e o modelo de negócio que sustenta a sua distribuição. Com isso, uma métrica fundamental de sucesso para ela é o aprendizado validado, usado para entender se está ocorrendo evolução ou não, sendo este obtido a partir de experimentos frequentes que ocorrem em um ciclo contínuo de “construção-medição-aprendizado”.
Uma startup não funciona em um cenário previsível, e isso faz com que não exista um bom plano no início de sua operação. A incerteza é uma característica esperada para o contexto de uma startup, e isso exige que ela tenha um sistema de gestão apropriado para navegar na incerteza, o que em outras palavras significa que um sistema de gestão que funcione bem em cenários previsíveis, será insuficiente para garantir o bom funcionamento de uma startup.
Startups são formatos que conseguem criar a inovação em cenários de incerteza, podendo se transformar em organizações globais com o auxílio da tecnologia. Combinando o pensamento disruptivo, a forma de gestão apropriada ao cenário e o foco na entrega de valor para o usuário, uma startup é capaz de resolver problemas de maneiras diferentes e melhores! Além disso, não é preciso ser uma startup para se valer da estratégia de uma startup… abraçar a incerteza como parte do negócio e ter experimentos constantes para aprender continuamente pode gerar enormes benefícios para quaisquer tipos de negócios.